quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Brevemente... into the wild river!

Pagaias prontas. 60km 3 dias...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Até à Berlenga num quatro vinte

Em 2003 fui a até à Berlenga com o Rui, esse mesmo que fez equipa comigo até ao Mali! O que seria um normal fim de semana naquela época, ficou nas nossas memórias como uma aventura inesquecível. Tínhamos comprado um 420 (o barco de vela ligeira, com 4,20m de comprido) a meias. Pusemos um pouco de parte o sonho de ter um grande veleiro para dar a volta ao mundo e compramos o que o nosso dinheiro permitiu. O 420 era uma relíquia; tinha 20 anos, um casco muito sólido, mas metia água nas tampas dos flutuadores e pelo patilhão as velas estavam utilizáveis, apesar do desgaste. O alumínio do mastro mostrava a sua idade... uns tempos mais tarde o mastro partiu-se ao largo de Mil Fontes e o barco teve de ser rebocado pelos pescadores.


O atrelado tinha sido "arranjado" numa marina, num acto de desespero... pelo caminho rebentou um pneu e lá tivemos que inventar chaves de rodas que não tínhamos e procurar quem nos arranjasse o pneu. Nada que demovesse a nossa vontade férrea de irmos à Berlenga no nosso maravilhoso veleiro.

Aparelhamos o barco numa praia em Peniche.



Havia um pouco de nortada, de maneira que até à Berlenga foi um tirinho, os dois sentados no mesmo bordo do barco e sempre a ripar até à ilha.
Quando chegamos, amarramos o barco a uma bóia e fomos fazer o reconhecimento do local. Junto às casas não havia grande local para dormir, de maneira que tivemos que mudar de sítio. O barco é que já estava armado em submarino, cheio de água, já mal flutuava, mas lá baldeamos a água e continuamos. A Berlenga não é fácil... todas as bóias têm dono, o cais é para o barco dos passageiros, pescadores, escuteiros e  as gaivotas mandam no resto. Sítio para clandestinos fora dos circuitos turísticos não há!



Lá encontramos um sítio menos mal... apesar do corrupio de transeuntes.



Sopinha para o jantar.






Passamos a noite possível... entre turistas barulhentos e pescadores mal humorados... no outro dia fomos em busca da paz desejada... Farilhões, os calhaus que ficam por trás da Berlenga. Aqui sim, reina a natureza, a ilha não tem nada, só um pequeno farol alimentado com painéis solares. Aqui reinam as cagarras e os percebes.






Lindo!

Pois, ficas melhor de barrete!
Por questões de segurança, removo a nossa identidade.

É que enchemos a barriga com os melhores percebes do mundo! e cuja apanha é ilegal, claro está...
Nunca tinha visto tantos e tão grandes ☺

Vais preso mas de barriga cheia...

Muita rocha carregada de percebes.
Com o anoitecer, a passarada faz um barulho incrível, tipo Parque Jurássico, a atmosfera fica mágica! e a noite em que apareceram todas as estrelas do firmamento deu-nos a mais saborosa sensação de liberdade! Há locais verdadeiramente fantásticos e este é sem dúvida um deles.
No outro dia regressamos a Peniche, o vento tinha caído... o que para cá fizemos em menos de uma hora, para lá demorou quatro... 




O 420 ainda proporcionou muitas aventuras. Uma vez estivemos acampados na ilha do Pessegueiro, quase uma semana a pescar.  
Outra vez o Rui saiu a velejar sozinho com o barco, coisa que fazia com frequência. Estava ao largo de Sines, perto do molhe Norte, era já fim de tarde quando começou a regressar ao clube náutico, exagerou-se com o leme a dar o bordo e virou o barco, coisa que acontecia também com frequência e que duas pessoas resolviam com rapidez e pouco esforço. Já para uma pessoa sozinha não é assim tão fácil...  Tentou uma ou duas vezes pôr o barco direito e não conseguiu. A princípio não deu muita importância ao caso porque estava convencido que era uma questão de persistência, faz-se força no patilhão e puxa-se por um cabo preso ao topo do mastro e o barco fica direito... o problema é que começou a entrar água dentro dos flutuadores e o barco começou a afundar. Quando se apercebe disto, o Rui entra em desespero, o mar em volta estava super sereno... não se avistava vivalma... rapidamente avalia as várias hipóteses, nadar para terra, nadar para a bóia de espera dos navios, afundar juntamente com a embarcação como um verdadeiro capitão. Exclui imediatamente a terceira hipótese, porque tinha mais que fazer do que morrer afogado! a primeira hipótese foi também afastada depois de muito ponderar, terra estava realmente longe... restava-lhe a bóia que estava muito mais perto, a ideia de passar uma noite gélida em cima da bóia não era muito agradável...mas sobreviveria...
A bóia de Sines.
Resignado e movido pelo espírito de sobrevivência, põe-se a nadar. Passados vinte minutos já quase a chegar à bóia, passa-lhe à frente um barco de pesca! o Rui grita e esbraceja mas o barquinho prossegue a sua rota, imutável. Porém, no último instante, sai um homem da cabine que vem verter águas à ré e vê o náufrago! O barco dá meia volta e recupera o Rui roxo de frio... a bordo náufrago e pescadores, todos se emocionam. Mas o choque passa rápido e o Rui já só pensa em resgatar o 420 antes que as profundezas o reclamassem. 
Voltou a vestir o fato de neopreno e com a ajuda dos pescadores endireitou o barco, abriu as boeiras e as tampas dos flutuadores e veio sentado no barco a reboque. Perto da marina os pescadores soltaram o cabo de reboque e o barco deslizou suavemente até ao molhe de atraque, como se nada tivesse acontecido, enquanto o último raio de sol desaparecia no horizonte...
Passado um bocado ligou-me a chorar e contou-me a história. «Caneco! vou brindar a isso, ainda bem que estás vivo, pá!» e abri uma garrafa de vinho que tinha guardada para as ocasiões em que os amigos sobrevivem!
Moral da história... não sei qual é a moral da história...
Depois do incidente, o 420 foi substituído por um modelo mais recente. Descansa esquecido nas profundezas obscuras de um armazém, mas um dia ainda o vou recuperar e voltará a sulcar os oceanos, intrépido em busca de aventura ☺.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O verdadeiro Estou pra ver


Foi este barco que deu o nome ao blog.
Pertenceu a um amigo do Rui o Sr. Raul. É um galeão do Sado com 18m,  servia para transportar sal. Sofreu muitas alterações ao longo dos anos, originalmente era de boca aberta e foi o Sr. Raul que o cabinou, alterou o mastro e a retranca, etc. O nome tem mais de  cem anos.
Tive a sorte de velejar nele algumas vezes... Agora pertence à câmara de Cascais e serve para passeios turísticos.
É lindo!!


O salão principal.
O Sr. Raul é um amante de barcos de madeira.
Por cima da mesa, pregado à trave havia uma placa de bronze que dizia em inglês,
mais ou menos isto:
"Sê Deus quisesse barcos em fibra de vidro
teria criado árvores de fibra de vidro."


domingo, 19 de agosto de 2012

Uma nota velha.

Trouxe-a da Mauritânia. 100 Ouguiyas, mais ou menos 0.3€.
Muito batida e mal cheirosa como todas as notas que lá circulam. Verdadeiras relíquias.
Faz lembrar as de 20 escudos do Santo António de antigamente.




terça-feira, 14 de agosto de 2012

De cabo a rabo. Parte 3 a última.

Com festival Boom à mistura já esqueci metade das histórias, mas cá vai o resto...


Rússia - É um bocado difícil falar da Rússia porque para além de ser o maior país do mundo só fizemos aí uns 400km. Fiquei com muita vontade de conhecer mais e jurei a mim mesmo que quando lá voltar quero saber um pouco mais de russo. O meu léxico era de... aí umas dez palavras em russo, aumentei-o aí para umas quinze palavras e agora sei aí umas... uma palavra... mais ou menos. Já tinha tido esta sensação, a partir da Alemanha e mais a sul da Itália e até chegar à China, quem não sabe russo... anda a apanhar papéis... enfim!
Aqui acabaram-se as tensões da incerteza de conseguir rodear o Mar Negro e ter de voltar tudo para trás; na Rússia começou o nosso regresso a casa.
O que vimos: a primeira parte logo a seguir à Abkazia é uma mistura de Cote d`Azur com Quarteira, grande confusão de trânsito, de praias e veraneantes, hotéis e comércio relacionado com as praias. As marcas de terceiromundismo que nos acompanhavam desde a Turquia desapareceram, dando lugar a estradas em bom estado, passeios, passadeiras, estações de rádio, cobertura de gps, etc...
A segunda parte são campos de girassol a perder de vista. O terreno vai ficando mais plano gradualmente, desaparecem as montanhas do Cáucaso. Passamos ainda por várias gigantescas cidades portuárias, Gelendzhik e Novorossiysk. As pessoas com quem contactamos foram simpáticas e esforçaram-se sempre por comunicar connosco, ninguém fala inglês, mas nós é que devíamos falar russo, claro! Nas fronteiras foram também muito simpáticos apesar de serem muito meticulosos, perceber as nossas movimentações antes e depois do país, ver o numero do chassi da Berlingo a condizer com o registo automóvel, preencher um monte de papéis, etc. Fiquei muito satisfeito em entrar na Rússia por conta própria, sem agências de viagem e isso é um feito de viajante. Há muitas raparigas novas a trabalhar nas fronteiras, vestem uniforme da polícia com mini-saia e decotes generosos... verdadeiras Niquitas! (como a do Elton John). Uma Niquita de mini-saia no meio da estrada a fazer stop à Berlingo... uma verdadeira fantasia sexual. Lol.
Passar para a Crimeira foi também um épico. Em primeiro lugar não sabiamos a sério se havia ou não ferrys para fazer a travessia, a única coisa que tinha visto era umas fotos no Google Earth antes de ir viajar. Fomos à aventura. Quando lá chegamos, andamos um bocado perdidos sem perceber se seria possível passar ou não, se não conseguissemos passar teríamos de rodear todo o mar de Azov, no mínimo um dia mais de viagem. Levou um bom bocado até nos orientarmos, mas levou muito mais até embarcarmos... 7 horas para entrar no ferry! Era pequeno e havia muita gente, até foi uma tarde bem passada a falar ou a tentar falar com as pessoas que ali estavam. Embarcamos ao fim da tarde com um bonito pôr do sol. Vinte minutos depois estávamos do outro lado a ser devorados pelos mosquitos da Ucrânia.
Fronteira Abkazia Rússia.

Ucrânia - Decididamente as montanhas ficaram lá para trás, acabou a vegetação luxuriante e as planícies são a perder de vista. A Ucrânia faz jus ao seu antigo nome de celeiro da URSS. Campos agrícolas sem fim.
Há muitos mais carros ocidentais do que há uns anos atrás, mas as pessoas continuam a pé com um saco de plástico na mão; no fim de contas continuam ucranianos.
Em Mykolaiev, uma enorme cidade do Sul, paro o carro num vermelho e ouço uma voz - Ei português! Vais para Odessa? Era o motorista do autocarro ao lado. O sinal passa a verde e o autocarro desaparece numa barulhenta nuvem de fumo. Lá subiu na vida o ucra, montava ferro nas obras em Portugal, agora é motorista na sua terra - boa sorte amigo! Eu também vou para a minha terra...




Moldávia - A Ucrânia faz fronteira com a Roménia na zona do delta do Danúbio, mas não é possível passar por lá, é um rio que divide os dois países e não existem pontes. Assim, tivemos de passar pela Moldávia, entrar no país, fazer 49km e voltar a sair. Aparentemente uma horita deveria chegar, não fossem as normais borucracias alfandegárias. Três horas para para entrar e outras três para sair, fazer um seguro para o carro para percorrer 49km, pagar as taxas alfandegárias, revistar a Berlingo e os documentos por todos os guardas presentes e à vez... enfim o habitual! O demorado das operações fez com que entrássemos já de noite no país, de maneira que paramos uns quilómetros depois da fronteira, estacionamos a Berlingo debaixo de umas enormes nogueiras e preparamos o habitual arroz do jantar. No outro dia fomos acordados por um enorme rebanho de ovelhas e cabras que passavam junto à carrinha, à nossa volta uma Moldávia do mais rural que tínhamos apanhado até agora por todos os países que já tínhamos atravessado. Como uma viagem no tempo percorremos os poucos quilómetros até a Roménia. Foram os quilómetros mais fotografados de toda a viagem!
Renovados de paciência, chegamos cheios de moral à última fronteira antes dos Chegans da União Europeia. Mais três horitas e aí estávamos nós a caminho do centro da Europa. Não sem antes termos o último e mais incrível episódio de xicoespertismo da viagem, como uma despedida. Estávamos parados na fila para passar a fronteira, haviam aí uns quatro carros à nossa frente e outros tantos atrás. Passados aí uns quarenta minutos de estarmos parados, abre-se a cancela e os carros começam a entrar. O artista que estava a trás de mim decide que tinha que passar à minha frente, mete as rodas do carro a patinar e passa-me pela esquerda; salta-me a tampa e meto a Berlingo a patinar, rodas na berma e passo-o pela direita, os carros não batem por escassos centímetros, ele cede. No instante seguinte repete a proeza, eu repito a minha e volto a ganhar, um camião em sentido contrário impede o xicoesperto local de conseguir o primeiro lugar na pulp position, a minha mão sai fora da janela e lança ao espaço um grande avião com o dedo do meio. Eu também ganhei o diploma de xicoesperto!
Mais à frente passamos mais uma hora à espera, mas desta vez sob o olhar dos guardas. O artista de trás passava por mim na dança dos guichés e fazia-me peitos e eu fazia-lhe o mesmo (em Roma sê Romano).



International road.


O único país onde vi carroças com rodas destas, sem pneus e jantes de automóvel.


O carro do xicoesperto.

Roménia - É um país gigantesco onde embatem dois mundos, os super desenvolvidos e os que vão a caminho disso... Há obras de auto-estradas por todo o lado mas nenhuma está pronta, de maneira que atravessar o país é um tormento de estradas estreitas e camiões largos.
Paramos em Bucareste e seguimos viagem para a Transilvânia, dormimos numa estância de inverno por 25€, num hotel novinho, todo em madeira, estilo chalé dos Alpes. O hotel estava por nossa conta e deram-nos várias chaves de quartos para escolhermos o que mais gostássemos. Os donos do hotel eram muito simpáticos e já tinham estado em Portugal em turismo. À noite comemos o melhor bife de toda a viagem num restaurante todo cool cheio de Romenas.
Passamos ao dito castelo do Drácula - que é uma grande banhada - mas a região é muito bonita, segundo consta, o conde Vlade Tepes (o empalador) nunca saiu da zona de Bucareste, nunca esteve por estes lados, até porque esta zona pertencia ao império Austro-Húngaro. Mas a região merece a visita pelas belas paisagens alpinas.

Central Bucareste.

O castelo do Drácula.

Rostov no sopé do castelo.


Hungria - Auto-estrada até Torres Novas, começamos a acreditar que a carrinha chegaria a casa apesar das mazelas, a embraiagem estava a aguentar-se, o problema agora era na direção, desde a Rússia que fazia cada vez mais barulho a virar...
Andamos meia dúzia de quilómetros e no final de uma enorme reta um polícia gordo põe-se no meio da estrada e manda-nos parar... à distância a que ele nos mandou parar fez-me pensar em radar, os radares são uma chatice porque eles começam logo a dizer que como está gravado não podem perdoar a multa. Encostamos o carro e o gordo chega-se ao pé de nós, a primeira coisa que faz é meter a mão pelo vidro do carro e rodar a manete das luzes... comecei-me logo a rir, (tá claro que o amigo policia não anda com atenção a este blog, senão saberia que as luzes da Berlingo não se acendem ali) dei uma cotovelada ao meu pai para ele enfiar a ficha no isqueiro e acender as luzes do carro. O polícia lá se explicou, - aqui é obrigatório circular com os médios ligados e por isso vais ter de me pagar 200€. Dizia ele em Húngaro! Eu respondi-lhe em Português - amigo, eu como polícias como tu ao pequeno almoço há três semanas... depois em Inglês disse-lhe que não tinha 200€ nem nada que se parecesse, contei-lhe a nossa viajem e a meio de enumerar todos os países por onde havíamos passado nos últimos dias ele já deitava a conversa pelos olhos. Aproveitei a deixa arranquei-lhe os meus documentos da mão e troquei-os por um magnifico relógio de 3€. O bom homem riu-se, meteu o relógio ao bolso e disse-nos adeus, ali mesmo nas barbas do Durão Barroso!
Jantamos em Budapeste e dormimos nas imediações.

Buda de um lado e Peste do outro, o Danúbio no meio.


Aqui as carroças são só para turistas.


Áustria - Paramos em Viena e demos uma volta no centro. Nunca tinha estado na Áustria, o último país novo para mim nesta viagem, acho que o quadrajéssimo primeiro que visito.
Uma curiosidade: o centro de Viena é cheio de monumentos e de comércio, as melhores marcas têm aí uma loja, mas a melhor loja de todas, a mais bem posicionada e mais vistosa, não é a Dior nem a Chanel ou a Raymond Weil, não vende roupas ou jóias ou carros, a melhor loja vende café, é a loja da Nespresso, vende cápsulas e máquinas de café! Que negócio mais bem (re)inventado. Nas montras tinha umas fotografias do George Clooney, que é bastante parecido comigo só que mais velho...☺


Centro de Viena.
Os locais usam a gravata condizer com a esplanada onde vão beber o café da manhã.

Patek Philippe relógios a partir de 30 000€, óptimos para subornar polícias ☺


Alemanha - Nada a declarar... continua cheia de alemães com tatuagens e carros tuning e essas cenas...

Suíça -

O pelintra a poupar uns cobres com gasóleo da Rússia a 0.50€/l.


Conclusão - A viagem foi um espectáculo apesar de cansativa. Viajamos muitos quilómetros, quase 15 000, o que só foi possível com esforço e alguma disciplina. Com três semanas normalmente só se vai até à Suíça, coisa que já fiz várias vezes. Adorei chegar até às portas da Ásia, o que me abre perspectivas para outras viagens, principalmente quando chegamos a Erzurum, no fim da Turquia, e estivemos tão próximo do Irão.
Vimos a Europa em mudança, principalmente alguns países do leste por onde já tinha passado há alguns anos, como a Eslovénia, Croácia, Sérvia, Ucrânia e Moldávia e outros que adorei conhecer como a Arménia, a Turquia, a Rússia e sítios off the beaten track como Karabach ou a Abcazia.
A Berlingo chegou toda esgaçada... ainda não fui buscar a conta ao mecânico, até tenho medo... Um toque numa pedra por baixo, junto ao cárter fez deslocar um tubo de óleo da direção e provocou uma fuga no sistema, daí o barulho ao virar; chegou cá sem óleo e com o sistema a gripar, teve de ser substituído. Sem médios, com as jantes todas empenadas e com a porta e painéis laterais todos amolgados e riscados...
14 693 km percorridos, 785 litros de gasóleo que custaram 930€, uma média de 1.18€/litro e mais 283€ de portagens. 25 países dos quais 4 foram repetidos, 14 fronteiras das chatas... 13 moedas diferentes.
Mas o que fica desta viagem foi a companhia do meu pai, o seu entusiasmo, a sua capacidade de se espantar com as coisas diferentes, a sua cultura geral de 71 anos de idade, o seu espírito simples e desenrascado, nunca refila, come o que há, e dorme onde calha. Adorei, Sr. Agostinho!


Papá, não há pai p'ra ti ☺



estoupraver...