quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

FIRST LIGHT

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vão pr' a puta que os pariu!!!

A nova carta de desporto do Parque Natural da Peneda Gerês.



Decreto-Lei n.º 142/2008 - jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade
"Artigo 43.º
Contra -ordenações em áreas protegidas 
1 — Constitui contra -ordenação ambiental muito grave, punível nos termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, a prática dos seguintes actos e actividades quando previstos como proibidos ou interditos nos diplomas que criam ou reclassificam áreas protegidas, nos respectivos diplomas regulamentares ou nos regulamentos dos planos de ordenamento de áreas protegidas:
…/….
v) A prática de actividades desportivas não motorizadas, designadamente mergulho, alpinismo, escalada ou montanhismo, e de actividades turísticas susceptíveis de deteriorarem os valores naturais da área;
…/…
4 — Constitui contra -ordenação ambiental leve, punível nos termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, a prática dos seguintes actos e actividades proibidos ou interditos e a prática não autorizada dos seguintes actos e actividades condicionados, desde que previstos como tal nos diplomas
que criam ou reclassificam áreas protegidas, nos respectivos diplomas regulamentares ou nos regulamentos dos planos de ordenamento de áreas protegidas:
…/…
d) A prática de campismo ou caravanismo, bem como qualquer forma de pernoita;"

Lei nº 50/2006 - Aprova a lei quadro das contra-ordenações ambientais
"Artigo 22 Montantes das coimas
…/…
2—Às contra-ordenações leves correspondem as seguintes coimas:
a) Se praticadas por pessoas singulares, de €500 a €2500 em caso de negligência e de €1500 a €5000
em caso de dolo;
b) Se praticadas por pessoas colectivas, de €9000 a €13 000 em caso de negligência e de €16 000 a € 22 500 em caso de dolo.
3—Às contra-ordenações graves correspondem as seguintes coimas:
a) Se praticadas por pessoas singulares, de €12 500 a €16 000 em caso de negligência e de €17 500 a
€22 500 em caso de dolo;
b) Se praticadas por pessoas colectivas, de €25 000 a €34 000 em caso de negligência e de €42 000 a
€ 48 000 em caso de dolo.
4—Às contra-ordenações muito graves correspondem as seguintes coimas:
a) Se praticadas por pessoas singulares, de €25 000 a €30 000 em caso de negligência e de €32 000 a
€37 500
em caso de dolo;
b) Se praticadas por pessoas colectivas, de €60 000 a €70 000 em caso de negligência e de €500 000 a €2 500 000 em caso de dolo.
…"

Retirado de montanhaescaladacom

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Outono com cheirinho a inverno

A Serra da Estrela já tem uns salpicos de neve. A paisagem fica linda.
As actividades ganham redobrado interesse, embora estas não sejam as melhores condições para escalar, satisfazem o apetite de aventura e fazem-nos sonhar com outras paragens, mais alpinas. 
Pés molhados, mãos frias e coração quente. Vontade de voltar e umas belas imagens ☺






















quarta-feira, 13 de novembro de 2013

The Rock

A semana passada estive em La Linea de la Concencion. Uma cidadezinha andaluza sem grande interesse fora da época balnear. Tirando uns bares de tapas, resume-se a zonas industriais, bairros de casas baixinhas de pescadores de atum, traficantes de haxixe e operários da gigante refinaria da Cepsa, ali ao lado. Em qualquer rua desta cidade os olhos fogem sempre para o mesmo sítio, The Rock, o imponente e majestoso rochedo de Gibraltar. É impossível ficar indiferente ao calhau de calcário branco que domina o estreito. Um dos pilares de Hércules. Do seu topo avistam-se dois continentes, três países e dois oceanos.
Nu de vegetação com forma piramidal, cai para o lado de África, a sul, de forma abrupta e vertical por 400m de altura, e para o lado de Algeciras, a norte, de forma mais suave e cheio de vegetação.

Os primeiros pensamentos que assolam um escalador são mais que óbvios, quero escalar aquilo, mas das pessoas com quem falei nenhuma mostrou interesse na escalada, que era proibido, que a rocha estava decomposta e era necessário uma autorização especial, parece-me que tudo isso é verdade, o que até me faz aumentar a minha vontade, mas isso será para uma próxima, de qualquer forma, não era esse o intuito da minha passagem por aqui. 
Os segundos pensamentos que assolam um viajante são também óbvios: ali é outro país, ali está uma fronteira, ali já não é Andaluzia, ali são terras de sua majestade.
A ultima fronteira na Europa.
Há uns bons anos atrás já lá tinha ido, fui lá comprar resina epox para reparar um barco, quando por aqui andei embarcado. Lembro-me de estar a passar a fronteira e ver montes de gente a passar as redes de arame farpado com grandes sacos de plástico preto. Era tabaco, custa metade do preço do lado de lá. Ainda assim é. Embora desta vez não tenha visto ninguém a passar a rede, vi uma moça a esconder volumes de tabaco dentro do carro. Os combustíveis são também mais baratos. Os preços são marcados em libras e em euros e o euro circula tal e qual como lá fora, da última vez lembro-me que paguei em pesetas e recebi o troco em libras... 
Pois ali do outro lado moram 30 mil almas, segundo consta há 65 mil empresas sediadas!!! um paraíso fiscal, certamente.


O território não chega a ter 7 km², consta que compram pedra no Algarve e vão aterrando o mar para alargar a cidade e desta forma roubar mar à Espanha. A relação sempre foi muito tensa entre os dois países. O território foi cedido à coroa britânica em 1713  como parte do pagamento da guerra da sucessão espanhola
"… a total propriedade da cidade e castelo de Gibraltar, junto com o porto, fortificações e fortes … para sempre, sem qualquer exceção ou impedimento." Ainda assim os espanhóis reclamam o território.... acho que não podem falar muito porque ali ao lado estão de pedra e cal em Ceuta e Melilla.
Também o futebol tem dado que falar ultimamente, a selecção de Gibraltar foi recentemente admitida na UEFA como membro de pleno direito (com uma forte oposição da real federação espanhola de futebol) a questão é que o seu pequeno e único estádio, que recebe em média 4 jogos por fim de semana, só tem capacidade para 2500 espectadores, muito aquém do definido pela UEFA. A solução provisória que encontraram foi adoptar o estádio do Algarve como estádio nacional, pelo menos até construírem novo estádio que esperam estar pronto em dois anos. 'Tá claro que os espanhóis não estiveram dispostos a emprestar um estádio. Assim, vão utilizar o do Algarve que estava às moscas e podem trazer todos os habitantes do território que não enchem o estádio. (Somos mesmo uma grande nação futebolística).
Quando se passa a fronteira, a única estrada atravessa a pista do aeroporto a meio, assim que, sempre que aterra ou descola um avião, a cidade é encerrada.








O trânsito é um bocado para o caótico, muitos carros e pouco espaço, estacionar é muito difícil, parece que todos os lugares têm dono e os carros são geralmente bastante amolgados ,fruto das passagens estreitas frequentes. 
Estava concentrado no ponto de embraiagem, parado numa subida, obras ao meu lado e carros mal estacionados, as mães recolhiam os filhos que vinham da escola, com uniformes de escola. Uma senhora pára no meio da estrada e fala aos berros com uma amiga do outro lado no passeio, combinavam um chá. Ao meu lado uma tia tenta fazer marcha atrás com o seu carro e no meio da confusão solta um estridente fucking hell... e tudo rapidamente se organiza e volta ao seu ritmo de cidade.
Judeus e Mouros aqui vivem pacificamente e em 2009 até um ministro espanhol cá veio, e eu que também já cá vim duas vezes. E pronto não me ocorre mais nada para dizer sobre Gibraltar.


Também há bocadillos, mas fish & chips é mais autêntico.


A rocha continua lá, é só atravessar a estrada.




Ah, também há por lá macacos, os Barbary macaques. Infelizmente não vi nenhum. São os únicos macacos que vivem em estado selvagem na Europa e esta espécie só existe em mais algumas zonas restritas do Atlas Marroquino. Diz-se que enquanto os macacos viverem em Gibraltar este continuará sob o domínio britânico. Durante a II guerra mundial Churchill, com medo de uma possível invasão, mandou trazer várias dezenas de macacos de Marrocos para assegurar a soberania britânica. 


Passam 85000 navios por ano no estreito de Gibraltar.

Marrocos por trás da neblina.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Filho Bastardo

Sun rise in Serra d' Aire.
E eis que surge mais uma via nas Ventas do
Diabo em Mira de Aire. Desta vez não se trata de uma via qualquer, porque estamos a falar de uma via galardoada, ganhou, nada mais nada menos, que o prémio; A PIOR VIA DA ZONA CENTRO.

Portanto é muito provável que os aperturistas passem a ser famosos e a aparecer nas revistas da especialidade.





A malta da escalada da zona.

Acesso.

Panoramica do 1º largo.

Filho Bastardo é uma via que se agarra às nossas mãos e se vai desmontando à medida que a subimos, é óptima para o coração porque o faz trabalhar a todo o vapor. Uma via a não repetir, quem quiser escalar  é melhor procurar rocha...

Vistas.


1ª reunião comum à famosa Riki Marti.

Difícil é encontrar rocha.

Ai!! mas não era para vir escalar??

Sarah em grande estilo a terminar a via.

Vai para casa, pah!

A parte mais feliz, o meu amigo nº 3 está de volta ao activo,
 os cabinhos de aço que se partiram, foram substituídos por cordoletas.
Ficou um mimo.



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Uma espécie de Triatlhon

A seguir a uma semana de dilúvio, eis que surge um belo fim de semana de sol. Aproveitámos bem este sol de outono com um super programa de cerca de 100 km e zero emissões. Com logística algo complexa, fizemos uma espécie de grelhada mista desportiva, uma espécie de Triatlhon, treking, btt e kayak.
A zona escolhida foi a Serra da Estrela.
Começamos por deixar as bicicletas na Torre amarradas a um poste e descemos de carro com o atrelado até ao Covão d'Ametade.





Tranquilos, subimos o vale. Demorámos bastante mais do que estávamos à espera, 4h para fazer 6 km e subir 700 m, com as meninas sempre a queixarem-se dos picos, das pedras, das cobras e essas cenas...




Chegámos à torre e cumpri um sonho de menino, descer a Serra da Estrela de bike, primeiro até ao Covão d'Ametade... fantástico. Sempre que vou à serra e vejo ciclistas a descer, sinto inveja e desta vez fui eu :) Grande speed a passar na curva do Cântaro Magro, no túnel do Cântaro Raso e no miradouro, depois pedalar um bocado na nave de Sto António até ao centro de limpeza de neve e depois outra vez na bisga até ao Covão. Formidável. Em 20 minutos estávamos a pôr as bicicletas no atrelado e a subir novamente à Torre. Daqui começou a verdadeira etapa. Torre - Lagoa comprida - Loriga, sempre a abrir.





A estrada até Loriga é demais, grande paisagem, belas curvas e grande inclinação e não passou por nós um único carro.





As meninas no carro vassoura.
Depois de Loriga começam as subidas e o entusiasmo esmorece...  mas rapidamente descobrimos as maravilhas do meu atrelado com o suporte das canoas :) Agarrámo-nos ao suporte e o carro puxa-nos nas subidas, é claro que nesta parte as zero emissões são discutíveis....



Loriga - Alvoco da Serra - Unhais da Serra (quase) - Erada - Paul - Ourondo - Silvares




Chegámos a Silvares a tempo de conhecer a sua famosa night life.
Fizemos cerca de 65 km a pedalar.


E apesar da soma das idades de dois de nós já passar os 80 anos, dormimos na pousada da juventude, a fazer lembrar as férias de verão de há vinte anos atrás.
A senhoras da pousada foram super simpáticas, desdobraram-se em cuidados e atenções com os únicos hospedes.
A pousada fica no Monte Pião, digo Cabeço Pião, antigo aldeamento de mineiros da Panasqueira. O Volfrâmio vinha em vagões pendurados num teleférico do outro lado do rio e era aqui que se fazia a sua lavagem. Vivem por aqui algumas famílias, muita coisa está abandonada e algumas estão a ser recuperadas como espólio museológico; a mina ainda continua em exploração.
Toda a região tem muito interesse turístico, falam-nos que a câmara está negociar com a empresa que explora a mina a possibilidade de se fazerem visitas guiadas ao interior da mina. Existem  praias fluviais maravilhosas, percursos pedestres, muitos trilhos para btt e um centro de apoio, gastronomia e vários eventos baseados nos produtos locais, (vejam aqui: http://www.cm-fundao.pt/) mas enfim, há quem prefira passar férias na Quarteira... 

Os amorzinhos nas brincadeiras como há 20 anos atrás.





A bófia já não manda aqui!











Bem cedo começámos a remar o Zêzere por entre a neblina. Previamente tínhamos combinado com uma empresa da zona o aluguer dos barcos e combinámos também com eles que nos viriam buscar onde acabassemos a descida, que não faziamos ideia onde seria...





Wipe out

out






Nos rápidos da Panasqueira, por entre pedras e destroços industriais, houve banho para todos. As chuvas dos dias anteriores deram alma ao rio e o medo inicial dos primeiros rápidos passou num instante e ficou a sensação de quero mais. As meninas desistiram, não gostaram da máquina de lavar. Os rapazes continuaram cheios de vontade, mas aos poucos o rio vai perdendo o interesse, muitos diques e açudes chatos de passar, a montante as águas ficam paradas e a jusante fica o rio com pouca água e muitas pedras e vegetação. Por volta das 4 da tarde desistimos com a barriga a dar horas, enregelados e com uma bela estafa no lombo. Fizemos cerca de 28 km de rio.




Um belo fim de semana, estou pra ver o próximo.